domingo, 6 de abril de 2008

Allah Hu Akbar e o Povo na Miseria

Nestas duas últimas catastróficas semanas, li uma coluna de opinião do jornal Washington Post que diz: “O maior erro que Israel pode fazer agora é esquecer que o próprio país Israel é um erro”. Eu, como judeu e como ser humano, já estou cansado de ter que justificar a minha existência no planeta. Depois de inúmeras perseguições ao longo da história (o Holocausto, a Inquisição e os pogroms na Rússia são apenas três exemplos), e nas asas dos movimentos nacionalistas do final do século 19, os judeus perceberam que só um país soberano judaico poderia assegurar a segurança do povo; a história já demonstrou que não podemos confiar no sentimento de justiça humana para vivermos em paz. O local escolhido foi a antiga terra de Israel, de onde os judeus se espalharam há dois mil anos, e para onde os judeus direcionam suas orações todos os anos desde então.
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Fato: Ao longo desses dois mil anos de exílio, sempre houve judeus em Israel. A palestina do século 19 era dominada pela Turquia e depois pela Inglaterra. Lá viviam povos árabes em aldeias, sem nenhuma identidade nacional. Desde que os primeiros sionistas chegaram à terra de Israel (comprando as terras árabes), foi sempre absolutamente explícita a vontade dos judeus de se criar um país multi-étnico, onde árabes e judeus vivessem lado a lado. Essa esperança persiste até os dias de hoje, tendo as lideranças árabes rejeitado todo e qualquer proposta real de convivência pacífica. Fato: Em Novembro de 1947, a ONU, em votação na assembléia geral, determinou que houvesse a partilha da terra entre as duas partes. Na época, a ONU era presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, quem teve grande contribuição para a formação do Estado. Nessa partilha, os judeus teriam apenas uma pequena fração da terra que hoje é Israel. Os judeus aceitaram imediatamente a partilha (e a comemoraram dançando nas ruas de Tel Aviv), mas esta foi totalmente rejeitada pelo árabes, os quais lançaram uma sangrenta guerra no dia seguinte à declaração de independência do Estado de Israel.
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Fato: Em 1967 a coalizão árabe formada pelos poderosos exércitos do Egito, Síria, Jordânia, Arábia Saudita e Líbano (com o apoio da Líbia e do Iraque) iniciaram uma nova guerra, na qual Israel conquistou do Egito, a faixa de Gaza e o Sinai (este último mais tarde trocado pela paz que perdura até os dias de hoje); da Jordânia, Judéia, Samária e Jerusalém – a capital de Israel; e da Síria, o Golan e as fazendas de Sheeba ao norte de Israel. Numa conferência em Kartum após a guerra, a Liga Árabe unanimamente declarou os famosos TRÊS NÃOS: Não ao reconcimento à existência de Israel, Não à paz e Não às negociações. Pouca coisa mudou desde então. Fato: Nessa Guerra dos Seis Dias, milhares de palestinos fugiram ou foram expulsos de suas terras, a maioria se refugiando na faixa de Gaza, Judéia, Samária e sul do Líbano. O Egito recusou a oferta Israelense de anexar Gaza e absorver esses refugiados, apesar da enorme crise humanitária. A Jordânia se recusou a fazer o mesmo com Judéia e Samária. No Líbano, até hoje - 40 anos depois - é negado aos irmãos árabes refugiados palestinos direitos plenos de um cidadão Libanês. Eles não têm identidade Libanesa, não têm direito à carteira de trabalho, saúde pública, e finalmente não têm direito a viver fora dos campos de refugiados nos quais persistem em total miséria. Vivem em Israel um milhão de árabes-israelenses, com direitos plenos à saúde, justiça e trabalho, como qualquer cidadão judeu. Há em Israel três partidos árabes, com cadeiras no parlamento.
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Fato: As cartas fundamentais do Hamas e do Hezbolah (e de muitos outros movimentos terroristas) clamam à DESTRUIÇÃO do Estado de Israel, não a paz, não a convivência. A carta da OLP também tinha esse mesmo parágrafo até que nos Acordos de Oslo em 1993 a OLP reconheceu o direito de Israel de existir.
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Fato: Em 1982 Israel invadiu o sul do Líbano porque o Hezbolah estava desde aquela época lançando foguetes em cima da população civil ao norte de Israel. O objetivo foi criar uma “zona tampão”, para que não houvessem mais lançamentos. Em 2000, Israel retirou incondicionalmente suas tropas do sul do Líbano (em plena observância das resoluções da ONU), com a promessa que o exército Libanês militarmente ocupasse aquela região e controlasse o Hezbolah. Depois de seis anos, nos perguntamos se deveríamos ter saído ou não. Fato: A Palestina é a região do planeta com a maior quantidade de ajuda financeira internacional per capita. É impressionante como o Sr. Yasser Arafat pôde ter deixado de herança para a sua esposa 300 milhões de dólares, apenas recebendo salário da autoridade palestina. Numa recente pesquisa de opinião, a maioria dos palestinos disseram que votaram no Hamas porque achavam que, por serem um partido religioso fundamentalista, eles acabariam com a corrupção da Autoridade Palestina. Esses caras definitivamente não conhecem Bispo Rodrigues e Garotinho.
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Sobre o atual conflito, 4 pontos são unânimes e factuais:
1. O Hezbolah e o Hamas capturaram e mataram soldados e civis Israelenses dentro da fronteira de Israel, sem nenhuma provocação.
2. Esses ataques não foram feitos por pessoas desgarradas dentro do movimento, mas sim cuidadosamente planejados pela liderança desses dois movimentos terroristas.
3. Irã e Síria dão apoio logístico, financeiro e político a esses dois grupos. Esses ataques certamente tiveram a luz verde (e muito provavelmente a prórpria motivação) desses dois países. É curioso que o sequestro dos dois soldados e o assassinato de oito aconteceu dois dias antes da reunião do G-8, na qual iria ser discutido a ida do Irã ao conselho de segurança da ONU. Como era previsível, o encontro foi dominado pelas discussões sobre a atual crise no Oriente Médio, nada foi falado sobre o programa nuclear Iraniano.
4. Israel tem o direito de se defender militarmente quando atacado, de forma a proteger a sua população. Em resposta à pergunta se as ações Israelenses foram “desproporcionais”, reflitamos como qualquer outro país nesse planeta responderia a ataques com foguetes contra sua população civil. O Hezbolah atua no meio de centros populacionais e usa a populacao civil como escudo; nao seria mais adequado classificar essa atitude como inaceitavel? No momento, em Israel, há um milhão de pessoas sobre o alcance dos foguetes do Hamas e Hezbolah. Com base nesses fatos e em outros não descritos aqui, eu acuso os governos árabes da Síria e do Irã de usar o ódio aos judeus como forma de governo. Em vez de promover democracia e desenvolvimento humano, controlam suas populações ignorantes e miseráveis direcionando-as contra Israel, escondendo o fato evidente que a população é miserável por causa de seus própios governantes tiranos, nihilistas e ditatoriais.
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Perpetuam as oligarquias bilionárias do petróleo, enquanto o povo vive na miséria. É no mínimo curioso como mais de 50 anos de bonância financeira petrolífica não gerou um só prêmio Nobel, não melhorou em nada a qualidade de vida da população, fazendo com que em pleno século XXI ainda existam no planeta países que vivem na idade média, onde três mulheres têm o seu clitóris mutilado a cada minuto. E fazem isso tudo em nome de D-us.
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Eu acuso os governos árabes de massacrar a sua população, de usar a população civil como escudos humanos, de manter propositalmente seu povo na miséria, de nunca ter perdido a chance de perder mais uma chance para a paz, de educar ódio e não amor.
Eu acuso a mídia internacional de retratar o conflito de forma torta, enviesada e sem base histórica. Infelizmente, a maior parte dos jornalistas são ignorantes no assunto, se tornando muito capazes em analisar uma cena, mas nunca o filme inteiro. Acuso a mídia de tratar o assunto com tremendo relativismo moral, no qual exige de Israel o que não se exige de nenhum outro país no mundo. Fico abismado com a facilidade em se criminalizar Israel, um país democrático no meio de 22 ditaduras árabes, onde luta-se diariamente pela existênicia. Não por um pedaço de terra, mas por sua própria sobrevivência.
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Me solidarizo com a população árabe, especialmente a Libanesa, que sofre imensamente vivendo sob regimes tirânicos, usando a fé islâmica para seus próprios interesses malévolos. Cito Golda Meir, ex-primeira ministra de Israel: “A paz chegará quando eles [os árabes] amarem mais aos seus filhos do que odeiam a nós”.
Artigo original De olho na Mídia

domingo, 27 de janeiro de 2008

Há diferença entre anti-sionismo e anti-semitismo?

O sionismo é o movimento nacional de libertação do povo judeu – uma expressão das legítimas aspirações de um povo antigo à autodeterminação e independência nacional. O movimento sionista foi fundado para prover um Estado soberano próprio na sua terra ancestral. Israel é a encarnação moderna e política desse sonho ancestral.

O objetivo do anti-sionismo é minar a legitimidade de Israel, assim negando ao povo judeu seu lugar na comunidade das nações. Denegrir o sionismo é, portanto, atacar o direito básico da existência de Israel como uma nação, em violação a um dos princípios fundamentais do Direito Internacional.

É falso fazer a distinção entre anti-semitismo e anti-sionismo. Conforme o Dr. Martin Luther King Jr. escreveu em 1967, o anti-sionismo "é inerentemente anti-semita". Realmente, não é coincidência que as censuras e condenações a Israel em fóruns internacionais e na mídia têm sido acompanhadas de uma forte escalada dos incidentes anti-semitas em muitas partes do mundo.


Conforme notou o Dr. King, anti-sionismo "é a negativa ao povo judeu de um direito fundamental que justamente clamamos para os povos da África, com o quê, livremente, outras nações do globo se põem de acordo. É discriminação contra os judeus porque eles são judeus. Resumindo, é anti-semitismo".


Da mesma forma que o anti-semitismo nega aos judeus seu direito como indivíduos na sociedade, o anti-sionismo nega ao povo judeu seu direito de ser uma nação na esfera internacional. Similarmente à utilização do "judeu" como um bode expiatório para muitos problemas da sociedade, Israel tem sido escolhido como o vilão de plantão na arena internacional.

Anti-sionismo é freqüentemente manifestado na forma de ataques a Israel nas Nações Unidas e outros fóruns internacionais. Durante anos, quase todas as reuniões e eventos da comunidade internacional têm servido de palco para condenações a Israel – não importando de que matéria se trate, não importando qual seja sua tênue ligação com o conflito no Oriente Médio.

Como uma nação dedicada aos princípios da democracia, Israel acredita que a crítica, seja por outras nações ou por seu próprio povo, é uma força para mudanças positivas. Entretanto, existe uma clara distinção entre chamados legítimos por melhorias e a tentativa de não legitimar Israel, para, consistentemente, tentar sustar sua melhoria aplicando-lhe avaliações e exigências que não são aplicados a outros estados – tudo isso enquanto se ignora o contexto em que Israel se esforça para sobreviver ante os violentos ataques contra seus cidadãos e, com muita freqüência, contra sua própria existência.

(© Museu Judaico/RJ, http://www.museujudaico.org.br - http://www.beth-shalom.com.br)

Anti-semitismo camuflado


Absolutamente nada no nazismo contem os conceitos de "bem", "humanismo", "civilidade", "tolerância" ou "paz". Ao contrário, o nazismo parte do pressuposto cruel da superioridade de uma raça sobre as demais e o conseqüente "direito" à dominação e extermínio das "inferiores".

Essa doutrina do horror não só não desapareceu como proliferou e prolifera, sob a atual e eufemística denominação de "neo-nazismo".

Seus seguidores são seres estranhos que andam agrupados, com cabeças raspadas, tatuagens agressivas, e roupas militarizadas, promovendo a destruição e a agressão física onde quer que passem, em geral contra judeus, negros, homossexuais e qualquer um que, ao sabor da covarde selvageria deles, esteja em minoria, só ou desprotegido.
Isoladamente são esquivos, não olham nos olhos, parecem acuados, tal qual as feras que vivem em matilhas, valentes quando muitos, covardes quando sós.

Nem todo o preconceituoso é nazista, nem todo o anti-semita é nazista. O anti-semita que simplesmente não "gosta" de judeus me preocupa muito mais do que o nazista. Este, de um modo ou de outro, acaba se expondo, não se controla e extravasa sua ferocidade, mais cedo ou mais tarde. É identificável com mais facilidade e, portanto, mais fácil de ser combatido.

O que me preocupa é o outro, o anti-semita silencioso, o que tem amigos judeus, não quer o mal de ninguém individualmente mas, sempre que pode, utiliza velhos chavões para atacar o judaísmo, entre eles os mais acirrados críticos das atitudes de Israel no eterno conflito no Oriente Médio, mesmo que defensivas.

O anti-semita silencioso, que não fará mal a um judeu, é contra Israel por uma questão de "ideologia", por ser "de esquerda", o que, nos dias de hoje significa, por definição, ser contra os Estados Unidos, além de outros pretextos mais ou menos esquizofrênicos para disfarçar o racismo atávico e o preconceito explícito.

Esse tipo de anti-semita normalmente apoia Hugo Chavez, por exemplo, nas suas ligações "político-econômicas" com o Irã e seu presidente, o maníaco que quer transformar Israel em poeira atômica. Não é por acaso que o Presidente do Brasil tanto defende Hugo Chavez, tanto deseja seu ingresso no Mercosul, tanto insiste em que há uma democracia na Venezuela.

Chavez, um "democrático" candidato à ditador, sempre com sua camisa vermelha amparado na multidão de apoiadores vestidos de vermelho, vistos nas fotos dos jornais e na televisão com seus rostos fanatizados, braços erguidos e punhos cerrados, não deve ser nazista, mas não há dúvidas de que é anti-semita. Não é por acaso, também, que o Partido dos Trabalhadores, no Brasil, celebrou um convênio de colaboração com um dos grupos terroristas palestino dos mais cruéis e intransigentes.

Não é por acaso que Lula e Chavez se entendem, apoiados pelo casal argentino Kirchner.

Entre o nazista e o anti-semita silencioso, prefiro o primeiro, que posso combater sem dó nem piedade. O outro, quase sempre, é uma pessoa "de bem" que faz o mal jurando por todos os deuses que jamais teve "a intenção', que "não tem nada contra", que "admira" os judeus e, sempre que pode, solta seu veneno racista, libera sua índole preconceituosa, forma opinião e dissemina o ódio.

Aos nazistas devemos combater a ferro, fogo, colocando-os na cadeia que é lugar de criminosos contra a humanidade.

Aos anti-semitas silenciosos devemos combater com a denúncia, com intransigência intelectual, com o apoio da sociedade verdadeiramente humana, tolerante e organizada.
Fonte: FIRGS.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Sobre o Blog - Em Defesa de Israel

A nação judaica de Israel é acusada pela justiça internacional. As incriminações incluem a de ser um Estado criminoso e violador dos direitos humanos, uma imagem especular do nazismo e de ser a barreira mais intransigente para a paz no Oriente Médio. Pelo mundo todo, das comissões da ONU aos campi das universidades, Israel é discriminado com condenações, despojamentos, boicotes e demonizações.
Nesse blog protegemos o direito básico de Israel à sua existência. Mostramos que há muito tempo Israel deseja aceitar a existência de dois Estados, e que foi a liderança árabe que persistentemente se recusou a aceitar qualquer Estado judeu – não importa o quão pequeno- nas regiões palestinas com maioridade judaica. Mostraremos que o Estado de Israel é inocente das acusações contra ele levantadas, e que nenhuma nação na história que tenha enfrentado desafios semelhantes segue padrões mais elevados dos direitos humanos, é mais sensível à segurança de civis inocentes, esforça-se mais para seguir as leis ou tem estado mais disposta a assumir riscos pela paz.